Coronéis,
soldados, anfitriões de todas as partes do mundo dando uma salva de palmas para
os musicistas que fariam a festa dar vida aos ouvidos de todos.
As pessoas tinham
acomodados de forma circular com os mais nobres vestidos e vestimentas da
época. Os trajes a rigor foram alvos das fotografias sucessoras que renderam um
espaço no mundo da moda.
Em meados de doze ou quinze anos construíram algo que se dissesse brandura iria tornar
uma palavra longínqua nas mãos dos arquitetos.
Toda a estrutura
do salão tinha suas riquezas ornamentais feitas pelas mãos de grandes artistas.
Em especial o que tinha dado vida ao teto com tamanha realeza em cores.
As enormes colunas
sustentando as decorações gigantescas de gesso redesenhando como se fossem
rosas ao vento. Os gigantescos lustres dourados que reluziam ao retrocesso de
cada luminosidade e a formosura da cúpula que se estendia por mais de setenta
metros.
O salão fora
preparado para as danças típicas e das óperas.
Antes de iniciar
toda a festa complacente queria ver o que havia de mais bonito na Praça São Sebastião. Pois quase ficara cega
com tantas luzes que ofuscavam por todo o teto. Tudo era de muito luxo e
esplendoroso e o mais importante, no meio de tanta beleza que possuía aquela
cidade.
Nem se deu conta
que pisava os degraus que serpenteava o chão da praça. O enorme globo acima de
toda a estrutura estava o verde que tanto amava.
Um gancho que se
estendia ao céu liderava as forças de um passado vencido pelo suposto presente
e austero sobre um futuro. Porque não venceriam senão tentassem lutar e lutaram
de certo. E, todos fizeram a sua majestosa parte em colocar aquela estrutura
tão harmoniosa de pé diante dos olhares do mundo.
Nunca em sua vida
pode achar que fosse tão longe.
Aiyra não
acreditava que ia se sentar ao meio junto de toda a orquestra regido por alguém
tão diplomático com a aprovação de seu professor que a instruiu tão bravamente.
Logo iam ouvir as
bombas de um velho ano passar. E, suas mãos tremiam ao saber que ia tocar para
centenas de pessoas importantes. Diziam que vieram pessoas da França, da Itália e sonhava em conhecer a tão glamorosa Veneza. Os objetos venezianos eram perfeitos. Um estilo clássico de
corte de primeiríssima linha. E, ela era parte do plano daquela noite. Do plano
em deixá-los perplexos com os seus dedos leves dedilhando um piano de cauda de
classe.
A responsabilidade
em deixá-los harmoniosos e felizes. Caso contrário, teria que se jogar do
terceiro andar pelo seu fracasso. Mas, isto, não poderia acontecer. Ela foi
convidada e fizera o teste. Estava pronta. Ela só tinha que ser ela mesma. Ser
Aiyra. A menina que enquanto cavalgava uma bela tarde e ouviu a melodia em seus
ouvidos tocadas pelo vento que ensurdecia ao atravessar toda a colina com
aquele cavalo veloz. Ouvira a melodia e iria toca-la esta noite.
Fragmento do Livro: A Prisioneira das Sombras
Um Romance Histórico
Coleção: Espinhos na Carne
Página 321 e 322
Publicado em 2020