A DEUSA E A ARTE DA GUERRA
— Diga-me. — Quais as formas de conter outra invasão? — Já que os líderes que comandam parte da guerra se foram em menos da metade, antes de seguir para o sul? — Quero todos na ala de arena antes do amanhecer.
— Sim senhor. — Disse um dos soldados do rei de Havilá juntamente com os associados de Haico.
Ainda que havia inúmeros conselheiros, a destruição de suas terras, da captura de rebeldes e dos que protegiam o lendário fundador de armênia, corria entre parte do mundo as águas que eles não podiam conter. Os quatro rios do paraíso.
Naquelas águas corriam o sangue fértil do coração do mundo, o ouro, o petróleo, a sardônica. Eles esqueceram de imediato que o doce da água se perdera com a abundância de bdélio. Uma goma aromática que falsificaria a mirra e que adiante seria usado na medicina, mas que o amargo definitivo não lhes prazeria o proveito para salientar a sede.
O braço de Eufrates se dividia, seus estágios de poder político se estenderam mais do que no sentido de poder sagrado. Pois, o efêmero do poder absoluto corria sem fronteiras e irrigava outros países. O que seria relevante romper a ameaça que era real diante de outros lugares que viam como dracmas. Cada parte do braço irrompia laços da quarta geração de Noé e todos eram homens igualmente aos haicos, guerreiros.
Seus arcos e flechas e seus olhares impetrantes de homens que influenciados por seus oradores davam a vida em batalhas. Viviam a vida o sonho dos homens. Eles jamais desistiriam e jamais voltariam para casa sem serem notados por suas lanças. Os rios de pedras preciosas foram lavados de sangue e toda a água amarga se tornara escura levando assim, parte de seus homens aos fluviais subterrâneos da Turquia. Onde uma vez ao ano florescem rosas negras e que nelas ficam engendrados o poder que os ancestrais lutaram para conter seus invasores.
Eufrates, o rio que regava a árvore da vida também regou inúmeras mortes. Abrindo e destruindo com o mesmo poder de cura.
Uma civilização estava em curso e novas descobertas faziam temer por poderes que logo descontroladamente, se viram entre espadas. As hierarquias entre povos, as divisões entre culturas e sociologia transcorria florescendo as suas histórias e suas comunidades eram suscintas aos homens que mais lhe aplicavam por direção, seu rei.
Entre conter todo o ouro e atingir um alto poder político foram construídas torres que cercavam partes dos rios. Isso, se deu o nome de babéis, nas quais apenas era um lugar santo em homenagem a perfeição das terras santas e dos povos que iriam em tempos comungar com o divino. As vias de leis e regras se iniciaram por intermédio dos seus porvindouros que esta era a forma de apreciação.
Por outro lado, parte de Pison, irrigava, transformava fontes e infectava. Gion, recebia como partes de seus refluxos as águas contaminadas por bdélio. O amargo que justificadamente herdou. Hidequél, sendo as correntes de baixa ladeira infectou todas as partes possíveis em pouquíssimo tempo.
A deusa sem nome ouvindo o triscar das lanças e os riscos de sons de arcos e flechas, mulheres e crianças chorando a perda de homens que jamais sentira dor. Enterravam parte de seus corações e com elas e as dores foram semeadas as árvores que recebiam as dores da alma, alimentavam e nutriam seus corpos. Ao mesmo tempo que eram irrigados pelo sangue dos seus ancestrais.
Nelas foram cravadas a matéria no espírito. A estrela da árvore frutífera. E, assim seguiu por sucessões o fruto proibido do jardim.
Cravado em seu núcleo o coração dos homens que lutaram por suas vidas o sustento e a ambição de outro.
Toda uma dinastia perdida apavorantemente, por lutas, por lutos e por poder.
A política sempre foi e sempre será a discórdia da humanidade e lutará sempre em benefício de seus dracmas. Mas, o rosto neles gravados serão sempre quem os motivaram e jamais os que pediram para a pacificação. O mundo ouvido pela deusa foi o suspiro das mulheres e crianças que sofreram as suas perdas e por elas, a deusa sem nome se rendeu.
A arte da guerra foi e é uma forma de estacionar o pensamento, a audácia e a soberania em pilares que transformam reinos. Destroem sentimentos, planejam sentenças e governam cabeças.
O rio do jardim que regou em quatro braços minando a sua fertilidade deixou impérios devastados pela guerra. Mas, também deixou o amargo de bdélio que serviu para a medicina em curar e cicatrizar. Há feridas que nunca se cicatrizarão e amargos que nunca se renegará. E, no lugar do sangue dos que lutaram, deixou a cor do luto na rosa de Turquia.
A mensagem da deusa em dá-los a humanidade uma forma de se regenerar e ser piedoso com o próximo. A arte é a estratégia dos líderes, mas a prudência em se venerar é a menção dos sábios.