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O Demônio do Poço

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O demônio do poço A ordem 0.078125   Profundamente, como guarda os valores da fóvea, sob a constelação da Ursa maior, a haste que assegura as forças de Merak retransmite a energia da transdução aos nanômetros galácticos. Cada ponto costurado cosmicamente, vai ao encontro da luz óptica binária servindo-lhe do arco que ao atravessá-lo deixa suspenso as cores do enorme cone. Aberto pela força radiante e precisa das forças temporais. Sua ascensão e declinação, magnitude e espectro torna se a apóstrofe do não assinado , sob a odisseia celestial. Ainda sobre essa espinha, segue-se como as ondas cerebrais e que por força de três ondas, o arco do tempo retransmite a todos os eventos nele gravados, tudo que há por força destinada e conspirada para surtir os mandamentos que rege com perfeição, as forças das marés lunares e solares na terra; arrancando do centro, ou seja, do chakra Svadhishthana , o movimento das águas. Se, a força de gravidade, de inércia e aceleração são trabalhad...

A Deusa e o Poeta



A DEUSA E O POETA

 

 

— Quem és Tu? — Sendo Tu mortal és reverenciada por anjos, sabes de coisas que jamais foi ensinado, buscas conhecer o mundo através do sono guiado e de entidades, das ciências ocultas, da magia, da teosofia dos antigos alquimistas, das ervas, da psicurgia teurgica, das influências matemáticas com relações ao universo, da física ao físico. Da fisionomia a psicologia em relação ao homem e a natureza. Das noções em base de tudo que ainda nem foi expressado. — Quem és Tu?  Ainda que somando todo o empenho de que aprende, as vicissitudes na quais busca, ainda és uma jovem mulher, sem manchas em sua auréola?

A mulher de longas asas lhe fez essa pergunta, sabendo de antemão que a jovem não era uma deusa, mas uma menina na qual sonhava em ser e não ter. O ser preenchia todas as lacunas de sua vida, enquanto a ideia do ter apenas somava e desaparecia. Era uma visão dupla, uma mão dupla, na qual o intelecto dela via uma forma de razão para ajustar uma quantidade. Enquanto, a ideia do ser a preenchia fisicamente, emocionalmente e espiritualmente, era uma forma una de sentimento que jazia algo transbordar.

Entre a dúvida de Vênus estranhamente a sua frente. A jovem possuída de afeição não respondeu. Apenas que as suas equivocadas ideias de atributos devessem uma explicação. Mas, a jovem não via como atributos e sim como dons. Pareceu que o olhar fixo daquele anjo lhe pedisse explicação, pelo fato de que o rosto e a cor dos seus cabelos ruivos fossem um tipo de dardo, na qual acertara o coração dos homens.

Para a jovem, apenas a ideia de que o seu dom os invejava e não a sua beleza. Embora, os olhos da carne os vissem como algo bom a ser devorado.

Contudo, a jovem sempre usou de sua prudência para não ceder aos caprichos da carne. Isso, a própria Vênus se condenou. Pois, nos caminhos da vida há preços que jamais podem ser pagos. A honra.

Sempre que podia ia se banhar nas águas puras do rio e lá alguém se escondeu, a pedido de Vênus.

A jovem já havia sonhado e antecipado a sua visão de que um homem iria visitá-la a mando da deusa para que desvirtuasse.

Ela então, olhou direto nos olhos de Cupido e a flecha que acertara bem ao peito voltou-o como num disco arranhado e ele assustou quando se machucou também, pela mesma seta.

A jovem vestiu-se, depois de tê-lo mostrado parte de seu seio ferido, ali foi derramado sangue e água. Nas quais a sede que teria jamais seria saciada como homem e o sangue derramado foi a volúpia que antecipadamente a tocou e que jamais retrocederia.

Cupido então, afastou-se com os olhos marejados de água e igualmente ferido, deixando ali uma jovem que fracamente adormeceu ferida por sua flecha.

Sonhando, viu o rosto de um poeta que lhe implorou a acordá-la, mas que dormiu serenamente por algum tempo, até que as inspirações dele o afetasse criando teias de emoções.

Aos poucos, o rosto enuviou e ela acordou.

Estava em sua casa com as suas irmãs e a sua família e Vênus desapareceu, assim, como o poeta. Algo em seu coração doía, era como brasas acesas. E, passando um ano e meio o rosto dos sonhos retornara. Junto dele um emaranhado de cartas nas quais por todo esse tempo ele levou aos pés dela, de Vênus.

O rosto de sol escaldante da deusa aplicou uma lição em seu filho, talvez, a mais dura lição de sua vida por uma forma genuína de inveja e deu o seu filho ao tempo na qual o próprio Cronos fez as suas alterações.

A jovem que mantinha atributos passou pelo pai tempo e ele por sua vez trabalhava silenciosamente para Vênus. Deixando os seus traços nos rostos de todos os seres. Mas, a jovem o reconheceu. Ele era o rosto dos sonhos nas quais viu quando adormeceu. Estava fraca devido a ferida em seu peito. E, ele era o próprio cupido.

O poeta.

Daquele dia em diante, os caminhos passaram a serem mais estreitos, porque a jovem descobriu o segredo de Vênus e marcou o seu filho cupido pelo poeta. Deixando os dois distantes na linha tênue da vida para que eles jamais se tocassem.

A vingança de Vênus foi cruel. E, todas as pessoas que alinharam em seu caminho se jogara de um precipício deixando em seu lugar apenas euforia.

A jovem pela primeira vez disse algo a Vênus.

— Eu jamais quis seus poderes do amor. — Por que me amaldiçoou? — Essa é a forma que reverenciam para Ti amor? — Há, se te conhecessem!

Ela se virou e foi embora deixando-me com a dor, a ausência e a punição.

As cartas do poeta empilharam num arquivo em minha cabeça dentro dos sonhos e eu vi uma frase que dizia.

— No amor não há limites de tempo, apenas a forma da expressividade.

Essa frase marcou-a quando acordamos juntas de um sonho da segunda dimensão. A jovem que mantinha e mantém seus atributos, vive. Embora, aquela dos sonhos ficou guardada no tempo quando conheceu o rosto do poeta pela primeira vez.

O sonho dentro dos sonhos foi a inspiração do poeta e a deusa sem nome serenamente recolheu-se em busca do seu eu que se perdera no tempo.


Original: Claudianne Diaz

Texto com ©DIREITOS AUTORAIS

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