Novidade Filosófica!
A Deusa e o Quinhão de Ouro
A DEUSA E O QUINHÃO DE OURO
Desde que o homem assimilou a ideia de
transformar a história real em contos de fadas e heróis, viu por meio dos
poetas uma forma segura de esconder a verdade absoluta do tempo, da estratégia
e de todas as áreas que governam o mundo.
Tão-somente, os homens que queiram
conhecer a verdade pudessem acessá-las. Memórias que não se guardam em arquivos
físicos, mas nas memórias do próprio tempo.
Os seres buscam o conhecimento em todos
os lugares, são ensinados por ordens hierárquicas, aprendem línguas e
disciplinas. São treinados a ouvir, a falar, a andar e se comportar. Os ouvidos
atentos ao mundo exterior, o paladar adocicado das trivialidades alheias, o
andar lento para caminhar entre tudo que é moldado ao telespectador do mundo
visível. O intelecto pronto a ser esmiuçado pela ordem que melhor pode usá-lo. Uma
máquina pronta a ser dedilhada, manipulada e complacente para a sociedade.
O ser aprende desde cedo os seus medos,
as suas fraquezas, o que ele pode desempenhar para o mundo dentro das
possibilidades que lhe é cabível.
Aprende que monetariamente, a vida lhe é
mais aceitável, que encaixa, que sobrevive. Usa dracma para comprar a voz e o
silêncio. Embora, foi o que os apresentara em troca da civilização moderna.
O quinhão de ouro é velado e guardado
acima dos homens a céu aberto. É dito, mas somente os olhos preparados o verão,
livros, arquivos e documentos escondem na forma de expressar o oculto, quem percorre
atrás dos espelhos o veem. Esse, é o tempo gerado pelo espaço que deixou. As memórias
que podem ser acessadas.
Sendo o mundo um enorme cenário, o
grande arquiteto que assinou deixa a imensidão de sua glória sendo manifestada
pela deusa sem nome. Aquela, cujo véu está velado os seus tesouros, o segredo
do universo. Segredo que muitos homens em suas épocas não puderam ou não foram
autorizados a confessar.
Contudo, em suas limalhas onde esconde o
absoluto quinhão de ouro deixara aos que governaram cidades e impérios nas quais
por eles foram feitas autoridades por períodos históricos e que por decreto de
suas hierarquias, escreveram. Tiveram tempo e dominavam a arte de inventar, de
criar histórias heróicas para esconder nela e prender de alguma forma a
longevidade dos antigos observadores do tempo.
Nessas escrituras, deixaram entre marcos
a verdade. Esta verdade jamais seria ou será alterada, e por decênios e milênios
de anos ainda o prende.
Está preso no quinhão de ouro do tempo. No
valor inalterado, nas conjecturas.
Muitos perguntarão do que se trata o
quinhão de ouro. Mas essa pergunta se diz respeito apenas aos que velam e
conhecem o quinhão. Sendo ele o próprio tempo e que nele está engendrado todo o
esquema. O projeto de vida, da semente, da germinação, da demanda, do fogo, da
brasa, dos braços e suas divisões. Não há espaço para o inapropriado a não ser a
matéria pura, o caos divino na qual emana e fervilha as suas radiações.
Além do tempo, do espaço e da forma como
conhecemos a distância. Está o devir da divindade pura, da verdadeira
humanidade estelar, do fogo que queima sem cessar. Mas, que guarda o fio
emaranhado da deusa, das linhas do tempo, da reconstrução, da essência germinadora
do universo. Lá está e não há como vê-los em olhos carnais. Porque ele não é
para ser visto, é para ser calculado.
O fogo que sempre os motivou, a força
subjacente de nossa raça e que por intermédio da intelectualidade move e que
nessa ciranda de força e energia se cria. Milhões de luzes que povoam a terra e
o céu e que por toda a vida nos fez acreditar em sua generosidade magnífica,
que move como o magneto que supre a terra. Essa é a força que ventila e que
comanda.
Acima, onde o quinhão enrola e desenrola
o ouro transmuta, a obra circula a quintessência extrai, os minerais se elevam,
condensam e mantém a temperatura da terra equilibrado por dois fios centrais do
enorme quinhão. Tudo consiste em separar para que a obra pura seja a perfeição
dos deuses. Pois, a gravidade sendo a oposição dos seus feitos, eleva-se para
outros polos em bases circulares a ionização do tempo. E, seus raios luminosos
extrai da sua matéria apenas o que o homem encarnado pode tocá-lo.
A deusa guarda sob o véu todo o esquema
divino. Esse véu jamais ninguém o levantou.
Original: Claudianne Diaz
Texto com ©DIREITOS AUTORAIS