No Vale da Morte

No Vale da Morte Diante de um enorme portão de bronze, havia duas serpentes enroladas entre os frisos que desenhavam uma espécie de flor. Eu possuía duas chaves, nelas estavam inscritos; ar e a outra, sinceridade . Nos meus braços carregava uma mulher, minha mãe . Seu peso era como de uma pena, vestida de brumas e quase nem me dei conta de toda a vestimenta que cobria o seu corpo. Peguei a chave que estava inscrito, sinceridade . Abri. A chave tinha que adentrar a boca da serpente encrostada, negra como azeviche. Tudo que permanecia leve flutuou-se, e eu deixei que a destranca emitisse um som, mas ainda por transportar o seu tamanho e a sua nobreza, antiga como o tempo, nada rangeu-se. Na imensidade da noite, eu entrei. Imbuída de levá-la, fazer a passagem. Nada senti, naquele momento. Apenas focada em ter que cumprir alguma coisa. Entrei. Antes de entrar, ali havia plantada duas árvores frondosas, seus ramos caiam até o chão, dentre cada ramo de folhas g...